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A arte da harmonização

Para curtir um bom vinho em casa, é preciso conhecer as melhores marcas, os tipos de uvas e os pratos com que elas combinam

 

Com a chegada das temperaturas mais frias, não há nada melhor do que beber uma taça de vinho no conforto de casa, junto com pessoas queridas. Já que os wine bars estão fora de cogitação por algum tempo, vamos ter que aproveitar este inverno com o que temos em nossas próprias adegas… Mas, para os leigos na arte de escolher e degustar vinhos, como decidir quais as melhores opções na hora de comprar? E como saber com que tipo de prato cada vinho harmoniza?

Normalmente obtido da fermentação de uvas, o vinho é uma bebida que está presente na mesa das pessoas há mais de 8 mil anos. As variedades mais comuns são o tinto, branco ou rosé, além dos espumantes, com sabor seco ou suave. Na América do Sul, os maiores produtores da bebida são o Brasil, a Argentina e o Chile. Na Europa, em que se encontram alguns dos maiores fabricantes de vinhos do mundo, eles são classificados de acordo com a região onde são produzidos. No resto do mundo, a classificação é feita pelo tipo de uva.

 

 

O dilema da harmonização

Para quem não entende muito de vinhos, mas aprecia a bebida, a harmonização com diferentes tipos de comida pode ser um enorme desafio em tempos de isolamento social. Sem a ajuda de enólogos ou sommeliers, geralmente disponíveis em restaurantes, o jeito é aprender um pouquinho sobre as melhores combinações, para elevar suas experiências gastronômicas (mesmo dentro de casa) e não cometer erros quando for escolher o rótulo perfeito para aquele jantar especial.

Os aplicativos também podem dar uma boa ajuda na hora de harmonizar seu vinho. Apps como Vivino ou Hello Vino permitem pesquisar sobre os mais variados tipos de vinho e também dão dicas de harmonização. No Vivino, mais de 500 mil rótulos são avaliados e recebem pontuações, de acordo com suas características. Já no Hello Vino, os usuários selecionam o que estão buscando e o aplicativo sugere um vinho dentro dessas especificidades. As ferramentas tecnológicas à disposição, hoje em dia, são um prato cheio (ou melhor, uma taça cheia) para os enófilos de plantão.

 

 

Dicas para aprender a harmonizar

Embora a harmonização de vinhos seja uma arte sutil e delicada, que exige conhecimento profundo, quem está começando a aprender sobre vinhos pode dar os primeiros passos com algumas dicas simples:

  • A harmonização é resultado da interação entre a composição dos alimentos e da bebida. Seu objetivo é equilibrar os sabores, aromas e texturas, para que as características de um complementem as do outro.
  • Um prato mais pesado e consistente precisa de um vinho encorpado. Já uma receita mais leve irá pedir um vinho de características semelhantes, para que o sabor de um não seja ofuscado pelo outro. Via de regra, os vinhos mais ácidos são como “coringas”, mais fáceis de combinar com variados tipos de alimentos.
  • Em geral, vinhos brancos são mais leves que rosés, que por sua vez apresentam maior leveza do que os tintos. Quanto à acidez, os brancos e rosés, assim como os espumantes, geralmente são mais ácidos do que os vinhos tintos.
  • É possível harmonizar pela semelhança de aromas (por exemplo, vinhos com aromas frutados combinam com pratos cujas receitas levam frutas). Na dúvida, tente acompanhar peixes, aves e carnes brancas com vinhos ou espumantes brancos; e carnes vermelhas com vinhos tintos.
  • Evite combinar alimentos muito amargos ou salgados com vinhos que tenham como característica dominante os sabores taninos, que também não vão bem com peixes e frutos do bar, mas são perfeitos para carnes vermelhas. Já os vinhos mais alcoólicos não acompanham bem pratos picantes ou muito salgados, porque esses sabores aumentam a sensação de álcool da bebida. Comidas apimentadas pedem vinhos mais doces.
  • Para sobremesas, a regra é de que o alimento seja sempre menos doce do que a bebida, para que o sabor do vinho ou do espumante não “suma” durante a combinação.

 

 

Fique atento também para os erros mais comuns, na hora de harmonizar:

  • Ingredientes como ovos, aspargos e alcachofras não combinam bem com vinhos, pois deixam um sabor desagradável na boca. Já o iodo, presente em peixes e frutos do mar, fica com gosto metálico se ingerido com vinhos taninos.
  • Não adianta querer harmonizar seu vinho preferido com todos os pratos que fizer. Mesmo que você goste muito de um tipo específico de vinho, é possível que aquela uva não caia bem com a refeição que você pretende servir.

Outro erro muito comum é repetir sempre as mesmas combinações, só porque você já sabe que dão certo. É muito válido fazer experimentações, ver o que seu paladar diz. Aprender sobre vinhos não é uma ciência, mas uma forma interessante de se divertir no aconchego de casa, já que os happy hours em locais públicos estão temporariamente abolidos.

 

Para quem aprecia um bom vinho, vale conferir nossas opções de imóveis com adegas impecáveis, no Jardim Europa, Jardim América e Campo Belo, entre outros.

 

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